fotografia : Do Trem Novo
engole cada um o cada outro,
e morrem , os mortos.
suas fomes e necessidades
seus sentires e felicidades.
é ter mais que brevidade
nas mãos , obliquidade
exacerbada, o instantâneo
supérfulo em falso contemporâneo.
engole , cada um no outro
a indolência , e mais que esculturas
o tempo lhe comem em sepulturas
e nada de manifesto há
nos entes do secular já.
engolem cada um o outro,
a linha reta da sina, o mesmo traçado
cada qual acoplados em ar refrigerados,
em normalidades de mesmice similar
como peças de carnes ,suspensas, para o estado consumar .
engolem cada um ao outro,
sem antropofagia ,
só uma elegia
de rimas e versos
em shopping
ou grife retórica
messadas
na etiqueta.
engole um ao outro,
sem arte , ou rito de culto,
mas sim sepultos
na viseira social.
engolem , uns , outros
o presente tempo como placebo!
T.V//EIGA
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