quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

 passa tudo , passa , como passa


quando os versos não caibam na palma,
um peso em tua alma, 
em calma lhe corta todo o sentido, 
e dentro de ti fique tudo perdido

estenda, não algo proferido , 
mas sim teu alibido 
de compreender o que se morre;

não basta palavras vivas para a dor, 
sim a jazidas nos papéis em preta cor. 
 
sorva a perda , pois faz sustento a cama em que deitas, 
beba o sacrifício como inexperiência , que um quintana aceitas
e faças que tudo se tem proveito.

nitrifique teu peito, 
refloresça as flores, 
pois poetas amas pétalas, odores, 
mas eis que todos amam mais as dores, 
pois são estas os cheiros perdidos dos amores, 
que se impregnam nos valores 
incontáveis da vida.

 simples,  coisas perdidas, 
e mais belas quando vividas, 
pois eis como cristais, elegantes ,
e quando em pedaços, como amantes, 
jamais se unem ou  sibilam, 
porém nas mãos cintilam .
os cacos, 
e não os percebem etéreos , os olhares fracos,
que jazidos , precisos em miragem , 
não percebes quão a vida é 
helenística passagem.

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