sábado, 18 de fevereiro de 2017

Dos Minutos


Ó passam, e assim vão,
Inuteis , vãos,
Passam

Erguendo seus braços,
Em choro mais fingido.
Ó adoradores da perda,
Não dela em.si, mas do sentido
Que o efêmero há promovido .
No período em que herda

pois tempo alem de vida
é laços de encalacrado
 presente
sobre nós de coisas partidas
e infinitos dividido em lente.

T.V///V

domingo, 12 de fevereiro de 2017

A noite  ,da mais  que momento,
É tormento pra esvair agruras,
E quem seguras seu firmamento
Sobre o lamento em alturas.

Ó divina indiferença ...

Hoje tu passas por mim
Como algo enfatigado no enfim,
E sondas em Teu adro.

Hoje tenho o estopim
implodindo o algo mais,
mesmo que não se tais
sonhos , eu me ponho
acima de feridas , me recomponho.

ó ama , como tu me olhas,
como dame fatale ,
mas antes que o silencio me cale,
te ofereço não rosa , mas folhas,

que caem da brevidade ,
e proporciona a saudade,
de ti escolher de mim a perda.

a vida não é só atos e amanhãs , mas escolhas do que erdas.

T.V///Veiga


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

 passa tudo , passa , como passa


quando os versos não caibam na palma,
um peso em tua alma, 
em calma lhe corta todo o sentido, 
e dentro de ti fique tudo perdido

estenda, não algo proferido , 
mas sim teu alibido 
de compreender o que se morre;

não basta palavras vivas para a dor, 
sim a jazidas nos papéis em preta cor. 
 
sorva a perda , pois faz sustento a cama em que deitas, 
beba o sacrifício como inexperiência , que um quintana aceitas
e faças que tudo se tem proveito.

nitrifique teu peito, 
refloresça as flores, 
pois poetas amas pétalas, odores, 
mas eis que todos amam mais as dores, 
pois são estas os cheiros perdidos dos amores, 
que se impregnam nos valores 
incontáveis da vida.

 simples,  coisas perdidas, 
e mais belas quando vividas, 
pois eis como cristais, elegantes ,
e quando em pedaços, como amantes, 
jamais se unem ou  sibilam, 
porém nas mãos cintilam .
os cacos, 
e não os percebem etéreos , os olhares fracos,
que jazidos , precisos em miragem , 
não percebes quão a vida é 
helenística passagem.

Como ja dizia o poeta
Quando a cor de tua adolscência desbotar
E sentir o fervor lhe cozinhar, mais que a carne
Volte a teu leito, e sinta o peito.
E não deixe que vejam que tu choras
Quando os vermes alimentam-se de tuas lagrimas.

Eis aqui a força.
Empunhe o florete,
Perfure teu peito,
Sangre o demonio de si,
Faça- o sentir o silêncio,
o mesmo que ele te perfurou
Num sorrir.
E ante a isso , mesmo que ferido,
Saia, e mostre que ferida é o que
Faz estar mais vivo