quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

A espera



é fim de ano , 
e na sala espero , 
passa a retrospectiva 
e eu sou conviva.

os ais perdidos , 
despidos nas agonias , 
sorrisos como abrigos 
em amizades dos dias, 
o céu do mais azul 
ao mais cinza , 
uma pele de morena do sul , 
e o desejo que não alcança.
a esperança em lambada, 
o desgosto em valsa, 
o peito em cantata , 
a fé em salsa, 
as danças , as danças 

e quita os tormentos, 
pavores e quimeras, 
esfinges em remelas 
turvadas nos olhos 
do amanhecer , 

e quita os isentos , 
momentos e instantes, 
gozos de amantes 
o vicio e o prazer...

ai , é fim de ano , outro virá 
mas o quanto ira apetecer ?
não sei , mas eis a beleza da vida , 
uma espiral que se renova , 
no mesmo ponto de partida.
sem por quê
T.V.V

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