quinta-feira, 10 de novembro de 2016


Pandolo Esturporado


e quando alem dos olhos
da pupila e seus brilhos
no imaginar , alcançar
os desejos; em arpejos
como dedos teu corpo tocar

quando consumar meu rosto
ao teu pescoço , a sentir
a essência que da pele evapora
perfume de uma pele que flora,

quando eu descobrir que a lembrança
é fardo e dadiva , quando eu trancar a esperança
após abrir o teu bau misterioso de tormentos

o que me restará é a memória de Epimeteu,
criança velha que sofreu com sua inocência
à dama com voz doce.

hoje , maduro , lembro quando fui humano,
errei , erramos, pois nos aliamos com o presente
e o abrimos sem por que.

hoje, tenho consciência , sou angustiado
com dor no mundo, e amor trancado
no bau de pandora ,
no fundo...escuro,
cego tateio esperança.

T.V.V

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