domingo, 27 de novembro de 2016

Da Musa a Consciência; minha eterna virgem deflorada



famintas mãos aos seios, 
as curvas , os meios, 
aos gozos do encoberto , 
a excitação do desperto.

andavas toda sob panos de ordeiros desejos,
  hoje rasga-se tudo em oblíquos pejos.
lábios mordidos pela a boca da fome
   de provar o calor que não se consome.

e vai se a curva efêmera da eternidade não linear
 de teu quadril nas mãos ,onde abaixo irei sondar, 
         como um peregrino em sorte ou azar, procuro, 
e eis que na sua forma encontro o ouro mais puro,

e quando dentro de ti  sentir a chama
queimar em transe de prazeroso rogo,
"quero louvar o vivente
   que aspira à morte no fogo"

assim atar no meio , de ti , de mim 
  no leito de um serafim 
  e seis vezes irmos aos céus sem pena, 
consumando um amor ignoto sob a carne poema.

T.V.V




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