Vultos no quarto
É olhar-te no plenilúnio , despejados sobre teu corpoOs olhos meus , delineando a moldura languida que viça
Em ti, e vagamente beijando-a . Avido o véu rompo,
E a lua enche-se , enquanto o momento eriça
A magia dos corpos, agora, feras
Em unhas, uivos, mordidas e o olhar que atiça
Os arrepios da transformação, e de quem eras
Esquecer, e florescer dois em um outro ser.
Já não habitam nos lençóis convulsas quimeras!
Eis então que a lua cai , e junto se vai o crescer
De nossos vícios, e dando ver toda dispersa
A magia , o feitiço, o calor se distender
Ao silêncio , preludio dessa conversa
Eclipsada ,dando-nos o desconhecer,
Enquanto partindo, calada, a porta nos atravessa. ]
T.V.Veiga
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