Roupagem
Quero que me estenda o sorriso,
Para que eu estenda a gargalhada,
E que no cordel fique estendido
As vestes dos tempos perdidos
Nas alegrias , nos momentos
De prazer úmidos, que nem pelos ventos
Eram secos.
Quero que no seu quintal,
Pregado no varal,
Esteja o pequeno lençol da lembrança,
Um suvenir, paixão de criança
Que tem a sorte de não crescer ,
E continuar puro, perfeito.
Quero os retalhos, as gastas meias,
As belas , remendadas e as feias,
Quero todas as vestes dependuradas,
Para que eu estenda a beleza
De nossas memorias passadas.
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