quarta-feira, 18 de maio de 2016

desalento igual


ando tão cansado
que qualquer colo de moça me faz dormir
qualquer café me faz sorrir
qualquer roupa me da o que vestir
qualquer perna femina me faz existir
qualquer escape quero engolir
pra que fuja do esperado

ai...

as pálpebras do comum cobrem-me a visão
já não brilha no céu da pupila um clarão
de sina viva,
no cansaço estas se encontram a deriva.

ja não se rasga a face com o sorriso
só o tédio como piso
revestindo o cimento
desse concreto semblante momento

ando estupido que imploram os versos
que eu não os torne perversos
que por falta de onde por o pé
não extermine teus evoé.

minh'alma cansa no repouso.



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